quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

QUANDO DEUS CRIOU O POLICIAL…

 

Deus estava no sexto dia de horas extraordinárias, quando aparece um Anjo e lhe diz:

Estás levando muito tempo nessa criação Senhor! O que tem de tão especial esse homem?

Deus respondeu: tu já viste o que me pedem neste modelo?

Um policial tem que correr 10 km por ruas escuras, subir paredes, pular muros, entrar em matagais, invadir casas que nem um fiscal de saúde pública ousa penetrar, e tudo isso, sem sujar, manchar ou rasgar o seu uniforme ou suas roupas.

Tem que estar sempre em boa forma física, quando nem sequer lhe dão tempo para comer.

Tem que investigar um homicídio, buscar provas nessa mesma noite e, no outro dia, ir até o tribunal prestar depoimento. Também tem que possuir quatro braços, para poder dirigir sua viatura, atirar contra criminosos e ainda chamar reforço pelo rádio.

O Anjo olha para Deus e diz: quatro braços? Impossível!

Deus responde: não são os quatro braços que me dão problema e sim três pares de olhos que necessita.

Isto também lhe pedem nesse modelo? – pergunta o Anjo.

Sim, necessita de um par com raios-X, para saber o que os criminosos escondem em seus corpos; necessita de um par ao lado da cabeça para que possa cuidar de seu companheiro e outro para conseguir olhar uma vítima que esteja sangrando e ter discernimento necessário para dizer que tudo lhe sairá bem, quando sabe que isto não corresponde à verdade.

Nesse momento, o Anjo diz: descansa e poderás trabalhar amanhã.

Não posso, responde Deus! Eu fiz um policial que é capaz de acalmar ou dominar um drogado de 130 quilos sem nenhum incidente e, ao mesmo tempo, manter uma família de cinco pessoas com seu pequeno salário. Ele estará sempre pronto para morrer em serviço, com sua arma em punho e com sentimento de honra correndo junto ao sangue.

Espantado o Anjo pergunta a Deus: mas Senhor, não é muita coisa para colocar em um só modelo?

Deus rapidamente responde: não. Não irei só acrescentar coisas, mas também irei tirar. Irei tirar seu orgulho pois, infelizmente, para ser reconhecido e homenageado ele terá que estar morto. Ele também não irá precisar de compaixão: pois, ao sair do velório de seu companheiro, ele terá que voltar ao serviço e cumprir sua missão normalmente.

Então ele será uma pessoa fria e cruel? - Pergunta o Anjo.

Certo que não – responde Deus.

Ao chegar em casa, deverá esquecer que ficou de frente com a morte, e dar um abraço carinhoso em seus filhos dizendo que está tudo bem.

Terá que esquecer os tiros disparados contra seu corpo, ao dar um beijo apaixonado em sua esposa. Terá que esquecer as ameaças sofridas, ao ficar desesperado quando o salário não der para pagar as contas no final do mês e terá que ter muita, mas muita coragem para no dia seguinte, acordar e retornar ao trabalho, sem saber se irá voltar para casa novamente.

O Anjo olha para o modelo e pergunta: além de tudo isso, ele poderá pensar?

Claro que sim! – Responde Deus.

Poderá investigar buscar e prender um criminoso em menos tempo que cinco juízes levam discutindo a legalidade dessa prisão… Poderá suportar as cenas de crimes às portas do inferno, consolar a família de uma vítima de homicídio e, no outro dia, ler nos periódicos que os policiais são insensíveis aos “Direitos dos Criminosos”.

Por fim, o Anjo olha o modelo, passa-lhe os dedos pelas pálpebras e fala para Deus: tem uma cicatriz e sai água. Eu te disse que estavas pondo muito nesse modelo!

Não é água, são lágrimas… Responde Deus.

E por que lágrimas? – Perguntou o Anjo.

Deus respondeu:

Por todas as emoções que carrega dentro de si…

Por um companheiro caído…

Por um pedaço de pano chamado bandeira…

E por um sentimento chamado justiça!

És um gênio! – responde-lhe o Anjo.

Deus o olha, todo sério, e diz: não fui eu quem lhe pus lágrimas… Ele chora, porque é simplesmente um homem!

Dedicado a todos os guerreiros anônimos, que deixam suas casas, famílias, amigos e sonhos, encarando a morte no combate à criminalidade, garantindo assim a ordem pública e zelando pela nossa segurança, mesmo que isso custe suas próprias vidas!

“O policial é um acadêmico, que um dia aprendeu na escola que nossas vidas têm mais valor que a dele.”

“… quando o céu está cheio, os anjos policiais caminham pela terra.”


Autor: (desconhecido)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PORQUE NÃO GOSTO DE FUTEBOL



           Há muito tempo venho pensando em escrever um artigo acerca do tema futebol, mas devido às atribulações do dia a dia, sempre acabo deixando para outrora, só que desta vez não deixarei para depois, explanarei alguns argumentos, espero não ofender ninguém.
         Bem sei que a cultura brasileira valoriza sobremaneira o futebol, elevando inclusive os seus jogadores à categoria de celebridades e pop star, e os seus clubes de futebol movimentam um montante astronômico de dinheiro, os contratos são milionários, os patrocinadores gastam fortunas para atrelarem seus produtos a esse universo.
          Na verdade vários jovens sonham com esse universo futebolístico, nascem, crescem e vivem pensando em sair da pobreza e ganhar muito dinheiro, dar uma vida digna a sua família e claro ser admirado e idolatrado por milhões de brasileiros.
         Os clubes de futebol cada vez mais investem nas categorias de base, recrutando, formando e aperfeiçoando seus jogadores, para depois negociá-los por cifras bilionárias. E que para os jogadores sobram apenas migalhas do montante financeiro envolvido.
          Outro fator importante a salientar, e que em minha opinião, é o mais difícil de ser trabalhado e mudado, é o fator cultural do brasileiro, explicarei melhor, se você chegar a um cidadão brasileiro e lhe oferecer um livro, por exemplo, “O pequeno Príncipe”, que é um clássico mundial, com certeza você receberá como resposta: “Esse livro está muito caro”, porém tal situação me remete a pensar o seguinte: como que o brasileiro tem a coragem de pagar cerca de R$ 30,00 a 50,00, para ir a um estádio de futebol e ficar numa arquibancada, exposto ao tempo, enfrentando sol e chuva. Isso para não falar na possibilidade de se levar uma copada de urina jogada por torcedores embriagados, que estão com preguiça de irem ao banheiro e fazem suas necessidades fisiológicas dentro do copo.
         Ainda em tempo, lembro da questão do grande aglomerado de gente, num espaço físico que na maioria das vezes não está devidamente preparado para receber tanta gente. Banheiros insuficientes, bebidas alcoólicas à vontade, poucas saídas de emergência, possibilidade de brigas generalizadas e de torcidas organizadas.
         E por falar em torcidas organizadas, creio que estas deveriam ser extintas, pois em nada acrescentam a este esporte. Pelo contrário, denigrem sobremaneira, com suas condutas desvairadas e levianas.
         Como pode uma sociedade mudar e avançar, tendo uma inversão de valores desta magnitude? Onde o futebol é priorizado em face da literatura. Onde livros são considerados caros e inacessíveis.
         Fica evidente que a política da época romana, do pão e circo, ainda possui seus adeptos até hoje. Pois é mais fácil ir ao estádio de futebol e colocar todos os sentimentos recalcados em xingamentos dirigidos ao árbitro da partida, num frenesi extravagante e reconfortante.
         Na verdade vejo que para muitos brasileiros ler um livro, não é uma tarefa prazerosa, oferecer ao cérebro uma ginástica é uma tarefa cansativa e que exige concentração e dedicação. E muitos não têm essa disposição e acabam deixando de lado o hábito da leitura, preferindo jogar ou assistir uma partidinha de futebol.
         Na verdade essa postura acomodada vem, geralmente de berço, é passado através da família por gerações. E quem está no meio dessa cultura muito dificilmente consegue perceber suas dificuldades e acaba permanecendo nesse redemoinho de mediocridade.
         Finalmente deixo clara minha opinião de que o futebol é um verdadeiro câncer da sociedade brasileira, e que enquanto não se mudar as posturas e priorizar a educação, o Brasil continuará estagnado neste marasmo intelectual.        
         Sei que mudar uma cultura é difícil e leva tempo, mas então dê o primeiro passo dessa longa caminhada e implemente uma cultura de mudança em sua vida. Leia um livro!

André Digues – um simples e mero leitor.


domingo, 16 de janeiro de 2011

CAVALO POWER



SAUDAÇÕES A TODOS

QUERO LHES APRESENTAR ESSE BRILHANTE VÍDEO, O QUAL DEMONSTRA A PERFEITA INTEGRAÇÃO ENTRE CAVALO E CAVALEIRO, MOSTRANDO QUE A NOBRE ARTE DE MONTAR A CAVALO REALMENTE É BELA. VOÇÊ PODE OBSERVAR QUE O CAVALEIRO PRATICAMENTE COMANDA O CAVALO USANDO APENAS OS TRABALHOS DAS PERNAS (QUE FUNCIONA COMO SE FOSSE O ACELERADOR DO CAVALO), ENQUANTO AS REDEAS PRATICAMENTE FICAM SOLTAS.
O CAVALO TAMBÉM É LINDO! A RAÇA COLABORA MUITO, ESSES ANIMAIS SÃO MUITO INTELIGENTES....NO MAIS A MÚSICA USADA NO VÍDEO TAMBÉM É LINDA, "BRING ME TO LIFE" QUE SE ENCAIXOU COMO UMA LUVA .......EU COSTUMO DIZER QUE O RONALDINHO GAUCHO APRENDEU O DRIBLE DA PEDALADA COM ESSE CAVALO.....VEJA COMO ELE ENGANA O TOURO....É DEMAIS!
NA VERDADE EU NÃO CONCORDO COM O QUE ACONTECE COM O TOURO, UMA VEZ QUE SOU CONTRA A VIOLÊNCIA CONTRA OS ANIMAIS, MAS LÁ NA EUROPA ESSE TIPO DE EVENTO FAZ PARTE DA CULTURA DAQUELE POVO, OBSERVE COMO O ESTÁDIO ESTÁ LOTADO! ISSO DEMONSTRA QUE ELES GOSTAM.....MAS TUDO BEM!
A TODOS OS AMIGOS DESSE FIEL AMIGO E COMPANHEIRO (O CAVALO) DEIXO AQUI MINHA HOMENAGEM ATRAVÉS DO VÍDEO.
ANDRÉ DIGUES 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PETIÇÃO PARA DESFILIAR DA CAIXA BENEFICENTE

EXCELENTÍSSIMO (A) SR. (A) DR. (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE __________.


















                   SEU NOME, brasileiro, casado, militar, natural de Goiânia, CPF ____________, RG ________ – PMGO, com Domicílio legal no _________________________ (ESCREVER O SEU ENDEREÇO – OBS.: SE VOCÊ QUISER USAR O ENDEREÇO DO QUARTEL VOCÊ DEVE PEGAR UMA DECLARAÇAO DO SEU COMANDANTE DIZENDO QUE VOCÊ RESIDE NO QUARTEL), Goiânia – Go (documentos em anexo), venho por meio deste instrumento interpor a Ação de:

DESCONSTITUIÇÃO DE ATO JURÍDICO

em face de, CAIXA BENEFICENTE DOS MILITARES DO ESTADO DE GOIÁS – CB, pessoa Jurídica de Direito Privado, com CNPJ de nº 01.101.096/0001- 47, com estabelecimento na Avenida Independência, nº 4.635, Centro, CEP – 74.045 – 010, Goiânia-GO, amparado nos fatos e fundamentos que diante se delineam:
                        O meu ingresso na Polícia Militar do Estado de Goiás fora no dia __/__/____, desde então a requerida vem fazendo descontos em minha folha de  pagamento, no qual o último valor foi de R$ 39,00 reais, este que somente foi autorizado devido a uma série de documentos que nos entregam na Academia de Polícia Militar para serem assinados na sala de aula com tempo determinado, impossibilitando assim, a leitura dos mesmos e, ainda a falta de cognições a respeito da legalidade constitucional, pois os documentos são entregues nos primeiros dias de curso, contudo, procurei a requerida para retirar meu nome do rol dos associados, tive o pedido negado.                                                                                                    Ante o exposto, vemos a inconstitucionalidade e o abuso que a referida vem causando, infringindo desta maneira a nossa “Lex superior”, no qual impõe a taxatividade no seu art. 5º, incisos, XVII e XX in verbis:

“XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;”

Assim sendo, é inegável a violação da constituição, sendo inconcebível no Estado Democrático de Direito em que vivemos termos nossos direitos usurpados por um pequeno grupo de pessoas. Destarte, não tive o direito de optar por assinar ou não o contrato, pois ele estava submerso numa porção de papéis, no qual seria impossível para um homem mediano analisá-los, sendo que o tempo era curto para tal.
Ainda em análise aos incisos constitucionais, vejo que estou sendo compelido a continuar a associação, pois foi negado o meu pedido de desligamento.
A requerida ainda aduz que os benefícios estão presentes para serem usados, mas nunca salienta que estes “benefícios”, como exemplo medicamentos, podem ser comprados pelo mesmo valor em qualquer outra farmácia e, que as ambulâncias não são suficientes para atender ao pedido dos associados, sendo para mim irrelevantes tais auxílios, pois temos a Fundação Tiradentes que nos proporciona tais serviços de forma gratuita e, alguns a preço de custo.
Destarte, peço que a requerida seja citada para que, caso queira, contestar as alegações, sendo então condenada a retirar o meu nome do rol dos associados.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.

Goiânia-GO, ___de ____ de _______.



SEU NOME
Requerente

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sobre liderança


O que é liderança? O que é ser líder? Qual a sua importância? Por que devo ser líder? Essas são questões que assolam há tempos. Respostas buscadas com afinco e determinação. Sempre tendo em mente que uma vez respondidas possam ajudar em algo.
As pesquisas foram e ainda são muitas, a busca pelo verdadeiro conhecimento nunca termina. Várias são as literaturas existentes, das mais variadas possíveis, algumas não passam de engodo, mas cabe ao estudante e leitor sagaz saber diferenciar o que lhe chega às mãos.


Poucos são os que se aventuram nesta seara, até porque não é uma área muito fácil, leva-se muito tempo para descobrir os seus conceitos, isso para não falar, quanto tempo leva para se colocar e testar na prática o conhecimento adquirido através do estudo.
Li certa vez a frase: “Não há pelotões fracos, apenas líderes fracos” e fiquei bastante intrigado, desta feita, resolvi então estudar sobre como se tornar um verdadeiro líder. Percebi que a própria Bíblia Sagrada, já nos tempos de Cristo, nos dava belos exemplos de liderança e de autoridade. Lá em Mateus capítulo 8, versículos 5 a 13, percebe-se claramente o que é ser líder e possuir autoridade, quando o centurião chega até Cristo lhe pedindo que cure um de seus servos, de imediato, Cristo se dispõe a ir até a casa do centurião curar o servo, entretanto, o centurião disse que não era necessário o deslocamento até lá, bastava mandar uma palavra e tudo se resolveria, e completou dizendo, que como centurião romano, possuía vários homens sob seu comando e que bastava dar uma ordem que ela seria fielmente cumprida, que seus soldados eram leais a ele, demonstrando assim, o poder da autoridade e da liderança.

No livro “Como se tornar um líder servidor” de James Hunter é apresentada uma definição de liderança muito interessante: “A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter.” deixando clara uma concepção hodierna acerca do tema.

Na literatura um pouco mais rebuscada e clássica, podem-se encontrar inferências também sobre liderança, no livro “O Príncipe” de Maquiavel, onde em vários momentos, são apresentados conceitos e conselhos a respeito da arte de liderar: “E tudo resulta da fraqueza dos chefes, porque aqueles que sabem não são obedecidos... não tendo surgido até agora alguém que tenha sabido se sobressair pela virtude...”.

No livro “A Arte da Guerra” de Sun Tzu, ele também tece comentários e sábios conselhos acerca do verdadeiro líder: “Quando as ordens são razoáveis, justas, sensatas, claras e conseqüentes, existe uma satisfação recíproca entre o líder e o grupo.”

Outro grande clássico da literatura que delibera e pondera sobre a arte de liderar é o livro “As 48 leis do poder” de Robert Greene e Joost Elffers, onde se consegue extrair pérolas: “Todos os grandes líderes sabem que uma aura de mistério chama atenção e cria uma presença intimidante.” ou “Todos os grandes líderes sabem que o inimigo perigoso deve ser esmagado totalmente.”. Deixando clara a postura a ser tomada “Aniquile totalmente o inimigo. Aliás, essa prática é bíblica, basta lembrar quando Moisés conduzia o povo de Israel rumo à terra prometida e teve o Mar Vermelho aberto por Deus e que após a passagem do seu povo, Deus fechou o mar e aniquilou os egípcios.      

Liderar é conduzir, influenciar, sair da zona de conforto, é estar à frente de seu grupo, adotar uma postura ativa, fazer a diferença. O líder é lapidado, burilado, retirado da pedra bruta em que se encontra. Já o chefe ocupa um cargo em razão de uma situação organizacional, ou seja, ele é colocado naquela situação devido a uma questão formal, na verdade a figura do chefe não é de toda má, até porque uma organização que se preze precisa de chefes.

Mas o que é ser líder? É submeter-se a uma rígida disciplina, onde a primeira pessoa a ser liderada é você mesmo, mantendo-se concentrado nos resultados, elencando prioridades a serem atingidas, buscando a eficácia, a qual é à base do sucesso. Desenvolvendo a confiança, pois esta é à base da liderança, um líder autoconfiante reflete segurança a seus comandados, a confiança que o líder inspira nos seus liderados se dá pela competência e caráter. O verdadeiro líder é aquela pessoa que os outros seguirão com prazer e confiança.
E qual a importância da liderança? É de suma importância para a sobrevivência e desenvolvimento de uma organização. Os verdadeiros líderes proporcionam estabilidade em tempos turbulentos, deixando claros os objetivos a serem alcançados. Uma liderança fraca compromete as estruturas e gera confusão que pode levar ao caos. Liderança exige responsabilidade e comprometimento.

Por que devo ser líder? Existem dois tipos de pessoas os líderes e os liderados. Aqueles que comandam e os que são comandados. Os que decidem e os que aceitam a decisão. Ou participa-se do processo ou se é conduzido por ele. Sendo assim, naturalmente você tem que escolher de que lado quer ficar.  
O fato é que liderar não é tarefa fácil, na verdade liderar é uma arte, que deve ser estudada a partir da infância, assim como os espartanos preparavam suas crianças para a guerra, assim também, devemos preparar nossos jovens para se tornarem líderes. Devemos ensiná-los a figurarem no pólo ativo do processo de criação, e não apenas se deixarem levar pela correnteza.
Devemos criar e implementar uma cultura de liderança em nossa sociedade.

André Digues – Capitão da PMGO, bacharel em direito, especialista em educação e operador de segurança.
digstran.blogspot.com
    

domingo, 2 de janeiro de 2011

SIGA O COELHO BRANCO

        A segurança pública brasileira vem passando por grandes e profundas transformações ao longo dos últimos anos. Os pensadores da área tem focando seus esforços no sentido de buscar novas teorias e alternativas que realmente seja possíveis de serem implantadas e surtam efeito, trazendo sempre em evidencia a busca pela eficiência e qualidade do serviço.
         Assim como no clássico filme de Lewis Carroll “Alice no País da Maravilhas” onde a personagem principal segue um coelho branco, que corre em direção de sua toca e ao observar o buraco Alice acaba caindo. Desse modo, o autor do livro nos conduz por uma viagem pelo interior do ser humano, da mente humana, expondo suas mazelas, suas preocupações e dificuldades. Da mesma maneira, a segurança pública brasileira necessita mergulhar em suas raízes e tentar diagnosticar seus problemas, suas dificuldades, suas particularidades e uma vez de posse desses dados, estudá-los e trabalhá-los de forma cientifica e consubstanciada, deixando de lado o empirismo, visando sobremaneira, implementar uma política efetiva, continuada e seria.
       Nessa busca a segurança pública brasileira já passou pela política de “Tolerância Zero” onde se pregava o endurecimento no combate ao crime e uma rigorosa punição ao infrator social. Passou ainda pelo “Policiamento Comunitário”, o qual ainda está em prática em todo o território brasileiro, capitaneado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), sendo que sua idéia principal é buscar uma aproximação dos órgãos policiais com a comunidade, trazendo a sociedade para também pensar a questão da segurança pública, envolvendo a todos em busca de soluções.
         E ao analisarmos as teorias aplicadas até o momento, notamos a necessidade de uma nova teoria, de uma nova estratégia para as questões afetas à segurança pública, eis que surge então, o policiamento orientado ao problema. Uma nova faceta que busca o cerne da questão, focado na origem dos problemas, tendo como premissa básica uma profunda viagem até o nascimento do evento social. Essa nova forma de se pensar segurança é debatida no livro “A Síndrome da Rainha Vermelha” de Marcos Rolim, quando se prega que a segurança pública deve deixar de lado a postura reativa, onde se atua após o evento social criminoso, para assumir uma postura ativa, como ele mesmo propõe: “procurar antes da correnteza”, ou seja, “é preciso procurar o que está acontecendo antes daquele ponto da correnteza”. Deve-se se procurar na base, com o intuito de agir antes que o problema tome proporções irremediáveis, buscando minimizar os esforços empreendidos para a solução do problema, trazendo eficiência à segurança pública.
         Desse modo, toda essa mudança de paradigma passa necessariamente, por uma profunda imersão no interior das entranhas da segurança pública, buscando inovações eficientes. Bem como, por uma mudança de atitude, onde cada um faz a sua parte, subindo a correnteza e buscando a origem dos problemas sociais. Assim como no filme, o coelho branco dever ser seguido, ou melhor, acompanhado.  
                
Autor: André Digues – Capitão da Polícia Militar de Goiás, Bacharel em direito, especialista em educação e principalmente operador de segurança.

digstran.blogspot.com